Estudo de Harvard mostra que ingerir quatro xícaras da bebida reduz em 22% a probabilidade de desenvolvimento da doença
Beber pelo menos quatro xícaras de
café diariamente reduz em 22% o risco de câncer no endométrio ou do corpo do
útero. A conclusão é de um estudo apresentado na segunda-feira durante o
encontro anual da Sociedade Americana de Pesquisa sobre o Câncer (The American
Association for Cancer Research, AACR).
Pesquisadores
de Harvard revisaram 19 estudos já publicados, envolvendo 40.000 mulheres, das
quais 12.000 tinham sido diagnosticadas com câncer de endométrio. As demais
eram saudáveis e foram usadas como controle. As informações são do site
especializado Live
Science.
Os
resultados mostraram que tomar café regularmente reduz o risco de
desenvolvimento do tumor. As participantes que ingeriam de duas a três xícaras
da bebida por dia tinham um risco 7% menor do que aquelas que não bebiam
nenhuma. Já naquelas que tomavam quatro xícaras ou mais, houve uma redução de
22% no risco.
No entanto, esse efeito protetor
do café só foi observado em participantes com sobrepeso ou obesas, que já têm
um risco aumentado para a doença. Embora não possam afirmam se a cafeína
desempenha um papel na diminuição do risco, já que nem todos os estudos
analisados perguntavam se o café ingerido era normal ou descafeinado, Marta
Crous-Bou, principal autora da revisão, afirma que naqueles em que havia essa
especificação, somente a versão com cafeína reduziu o risco da doença.
Em relação
às possíveis razões para este efeito benéfico do café, Marta acredita que ele
se deva à ação de certos compostos da bebida na redução dos níveis de
estrogênio e insulina. Estudos anteriores já relacionaram os dois hormônios a
um aumento na probabilidade de desenvolvimento de câncer de endométrio.
Câncer de endométrio - O câncer de endométrio é um tumor que acomete,
como o nome diz, o endométrio, um tecido altamente vascularizado que reveste a
parede interna do útero. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca)
este é o sexto tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. Os principais
fatores de risco para este tipo de tumor são menstruação precoce, menopausa
tardia, terapia de reposição hormonal, obesidade e a idade - 85% dos casos
apresentam-se em mulheres acima dos 50 anos.
(Da redação)
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